O que é o Estilo?
Estilo é um conceito da história da arte de significado amplo e muitas vezes vago. Em geral indica um grupo de características mais ou menos constantes e definidas que permitem a identificação da arte produzida num período histórico
(estilo medieval, por exemplo),
numa região (o estilo Provençal),
por um grupo de artistas (estilo dos KWY),
de um único artista (o estilo de Michelangelo)
ou de uma fase na sua carreira (as três fases de Beethoven)
de uma corrente estética (estilo neoclássico), e permitem relacionar uma obra à sua origem. A análise estilística pode ser capaz de definir a autoria ou a origem geográfica ou cronológica de um objeto quando outra identificação não é disponível, como uma assinatura, uma datação ou uma descrição literária ligando o objeto a um autor, local ou contexto histórico.
Estilo pode incluir moda, design, formato, ou aparência, incluindo por exemplo: Vestuário, Artes: dispositivos visuais, características tópicas e outras características que unificam ou distinguem o trabalho de certos artistas; cunho distintivo, Gênero musical: em música, Cascading Style Sheets: estilos para páginas da Internet,
Gênero literário: em literatura, Figuras de linguagem: em linguística.
A palavra estilo sofreu alterações de acordo com o desenvolvimento da sociedade, os jovens atuais estão sempre a crer ser diferentes, e chamam essa 'procura' de estilo, e não percebem que existe um monte de pessoas com pensamentos iguais e um deles é ser diferente, ou seja, na ansia de ser diferente cada vez mais se parecem umas com as outras...
A palavra estilo, do latim stilu(m), designava originalmente um pequeno instrumento metálico usado para escrever ou desenhar,
um tipo de caneta antigo utilizada pelos gregos e romanos para escrever em cera;
em associação com essa ideia de escrita, desenvolve-se um novo sentido para estilo, que passa a indicar a maneira específica de escrever ou falar de uma pessoa ou de um grupo de pessoas: estilo conciso, estilo afetado, estilo didático, etc.; a partir desse segundo sentido, desenvolve-se a ideia de estilo como precisão ou perícia no escrever: ele escreve com estilo; também a partir do sentido de maneira de escrever, desenvolve-se um quarto sentido, mais nitidamente literário, de características específicas de um autor ou grupo de autores,
a palavra estilo adquire um novo sentido, de refinamento, de bom gosto, como em móveis de estilo, um homem de estilo; por último, o sentido original da palavra estilo, de pequena haste, é recuperado na palavra estilete, indicando punhal fino, pequena haste de grafite, etc.
Com o tempo passou a designar uma maneira especial de fazer qualquer coisa. O tema do estilo foi estudado por Alois Riegl, afirmando que cada época tem o seu próprio estilo, em suas palavras, uma vontade artística ou formativa (Kunstwollen) que auxilia na determinação de desenvolvimentos estéticos regionais e cronológicos. Com seus trabalhos Riegl se opôs à ideia de que a história da arte é uma contínua sucessão de períodos de apogeu e declínio, dando um caráter particular para cada fase, tornadas assim de igual valor inerente. Continuando o trabalho de Riegl, Heinrich Wölfflin identificou cinco traços especiais encontrados com uma expressão oposta respetivamente no Renascimento e no Barroco.
Até então desprezado como uma fase de decadência do Renascimento, o Barroco, através da valorização do seu estilo peculiar, iniciou a ser recuperado pela crítica de arte. Outro autor que se deteve na análise do estilo foi Gottfried Semper, associando aspetos de forma com aspetos de técnica. No século XX diversos historiadores passaram a associar estilos específicos a determinadas estruturas sociais e econômicas, mas não se chegou a se formar uma teoria consistente, e desde então o conceito de estilo foi preferencialmente substituído pelo de poética.
Após a emergência do Pós-Modernismo o conceito vem recebendo nova atenção como um elemento importante na compreensão da obra de arte.