Jardins da Quinta da Regaleira
Bosque, ou mata que ocupa a maioria do espaço da Quinta, não está disposta ao acaso. Começando mais ordenada e cuidada na parte mais baixa da quinta, mas, sendo progressivamente mais selvagem até chegarmos ao topo. Esta disposição reflete a crença no primitivismo de Carvalho Monteiro.
Constituído por árvores exóticas e vegetação abundante integrada de forma harmoniosa com a vegetação autóctone, que compõe um curioso percurso de características marcadamente cenográficas e que nos dão a ideia de uma viagem de cariz iniciático, isto é, a passagem de uma a outra dimensão. Opera-se em cerimónias de iniciação, por meio de encenações e rituais de carácter mágico, nos quais o neófito recebe o segredo da transmutação, aceita a filiação no grupo de companheiros e acede a um nível espiritual superior.
O passeio pelos jardins e pelo bosque faz-se por caminhos de ascensão, partindo das zonas delicadas e subindo até à floresta espontânea, onde a vegetação é plantada sem ordem aparente, tão ao gosto da sensibilidade romântica vigente durante o século XIX. À medida que vamos subindo, a vegetação começa a tornar-se mais densa e selvagem, aqui e acolá vamos sendo surpreendidos com recantos simplesmente encantadores.
Constituído por diversas espécies arbóreas, algumas delas dispostas formalmente, em redor do palácio e outras formando a mata. As principais espécies existentes são palmeiras, tílias, camélias, castanheiros, castanheiros da índia, carvalhos, carvalhos americanos, carvalhos negrais, carrascos, sobreiros e azinheiras.
Tanto no jardim como na mata existem diversas estruturas arquitetónicas, tais como, a alameda dos Leões, que comunica com o Patamar dos Deuses, junto ao palácio, ritmado por estatuária de diversos deuses, vários lagos, com é exemplo o lago dos cisnes, fontes diversas, nomeadamente a Fonte do Ibis, o Jardim ou Terraço das Quimeras, com fonte central de tanque circular, decorada por figuras fantásticas, búzios e conchas e rodeada por latada de glicínias.
É ainda exemplo, a antiga casa do zelador, conhecida por Casa da Renascença, com fachadas em alvenaria de pedra, rematadas por merlões, o poço iniciático, com descida interior helicoidal, em redor das paredes do mesmo, o Terraço Celeste e a entrada dos guardiões, a Torre da Regaleira, e diversas grutas artificiais, como é o caso da Gruta da Leda. Todo o jardim é irrigado por um complexo sistema de rega, composto por cerca de dez minas, um aqueduto e doze depósitos.
Camélias
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Brincos de princesa
Aloe Vera